Em qualquer atividade, existem riscos. Eles podem aparecer em diversos formatos e maneiras e atingir diferentes áreas de uma empresa. No entanto, o trabalho de SSMA também envolve a sua antecipação e o gerenciamento de riscos.
Segundo dados de 2017 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2,78 milhões de acidentes mortais ocorrem no trabalho anualmente em todo o mundo. São cerca de 7.700 mortes por doenças ou acidentes relacionados ao labor. Além disso, existem cerca de 374 milhões de lesões e doenças não fatais relacionadas ao trabalho a cada ano. Muitas delas resultam em ausências prolongadas no trabalho.
Neste artigo vamos mostrar mais sobre como funciona o gerenciamento de perigos e riscos, as regulações sobre o tema e o que você precisa levar em consideração na hora de montar um plano para sua empresa. Continue a leitura!
As legislações referentes à saúde e à segurança dos trabalhadores têm se tornado cada vez mais exigentes. Por isso, então, implementar o gerenciamento de perigos e riscos passa a ser uma necessidade para atender as demandas legais, além de toda a sua importância para garantir um excelente ambiente de trabalho para os profissionais da empresa.
Até 2018, a Organização Internacional de Normatização (ISO) utilizava a norma OHSAS 18001, focada na Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. É uma certificação como a ISO 9001 e a ISO 14001, por exemplo.
Naquele mesmo ano o órgão fez uma atualização, substituindo a OHSAS 18001 pela ISO 45001, conforme publicou a ABNT. Essa nova normativa estabelece um conjunto robusto e efetivo de processos para melhorar a segurança do trabalho nas cadeias de suprimentos globais. Foi projetada para auxiliar organizações de todos os tamanhos e indústrias a melhorar seus processos. O objetivo é reduzir lesões e doenças no local de trabalho em todo o mundo.
Para entender um pouco mais sobre a aplicação da ISO 45001 ao plano de gerenciamento de perigos e riscos é preciso entender inicialmente esses dois conceitos.
O perigo é entendido como uma fonte, uma situação ou um ato causador de lesões ou danos à saúde. No ambiente industrial, existem materiais, aspectos, condições ou situações por toda parte que possuem o potencial prejudicial para ser conceituado como perigo. Veja só alguns exemplos:
– espaço físico do ambiente de trabalho;
– equipamentos, máquinas e objetos;
– produtos e substâncias;
– os próprios trabalhadores;
– sistemas de trabalho;
– entre outros.
O perigo, por si só, não representa risco. No entanto, existe a possibilidade devido a essa exposição. É aí que entra o próximo conceito.
Já o risco é definido pela norma ISO 45001 como a combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas relacionadas aos trabalhos, com a gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pela exposição ou evento.
É uma medida de incerteza, considerando as consequências e as possibilidades desses efeitos acontecerem. O grau de risco pode ser definido considerando: o tempo de exposição, a intensidade ou concentração e a natureza do agente ou fator de risco.
Os tipos de riscos também podem ser classificados em 5 grupos:
Aqueles relacionados à exposição do trabalhador ao calor, ao frio, ao ruído, à radiações, à pressão, à umidade, entre outros fatores.
Considera as substâncias ou produtos que possam penetrar o organismo do profissional pela via respiratória, cutânea ou por ingestão.
Relacionado a bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros.
Normalmente é o tipo mais lembrado, relacionado aos fatores que colocam o bem estar físico e psíquico do trabalhador em posição vulnerável. Exemplos: equipamentos e máquinas sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, armazenamentos inadequados etc.
Fatores que provocam desconforto ou afetam a saúde do trabalhador, como levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada etc.
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Essa é a parte mais complexa dessa tarefa! Muitos elementos estão envolvidos, mas o mais importante é considerar os seguintes tópicos:
– evento: o que pode acontecer?
– probabilidade: com que frequência pode acontecer?
– impacto: o que esse evento pode gerar?
– mitigação: como reduzir a possibilidade desse evento acontecer?
– contingência: como reduzir o impacto e os efeitos desse evento?
Definindo esses elementos para cada perigo existente e risco envolvido, é possível determinar quais são mais ou menos prováveis, quais geram maiores ou menores impactos; traçar ações para impedir de acontecer ou diminuir impactos; prever quais as possíveis consequências residuais; atualizar o plano de gerenciamento para ser ainda mais eficiente.
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Para que seu time de SSMA conquiste resultados ainda melhores, é preciso aproveitar melhor o tempo de trabalho, automatizar as tarefas repetitivas e simplificar os processos de gestão de responsabilidade da área, não é mesmo? Parece uma missão complexa, mas a tecnologia deve ser uma grande aliada.
Ferramentas digitais completas de gestão de equipamentos ou de gestão de terceirizadas, por exemplo, tornam o trabalho mais ágil, com informações mais completas, e facilitam a tomada de decisões baseada em dados. Isso facilita e muito na hora de colher informações para desenvolver os planos de gerenciamento de perigos e riscos, além de conseguir executar com mais clareza e controle.
A GAP Sistemas é uma startup focada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para as áreas de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente.
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